quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Gleise Hoffmann e PauloBernardo, Caiu a Mascara.

Teresinha Nerone, ligada a Gleisi e Bernardo, acompanhou obra suspeita no Paraná. Ela foi contratada pela Prefeitura de Maringá para captar recursos e também acompanhar projetos em ministérios
Amiga do casal de ministros petistas Paulo Bernardo (Comunicações) e Gleisi Hoffmann (Casa Civil), a consultora Teresinha Nerone atuou no governo para obter apoio do Ministério dos Transportes à construção do anel viário de Maringá (PR).
A obra é investigada pelo TCU (Tribunal de Contas da União), que aponta sobrepreço de R$ 10,5 milhões nos pagamentos do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes).
O diretor-geral do órgão, Luiz Antonio Pagot, envolveu o casal na crise do setor ao dizer a congressistas do PR que "cumpria ordens do Planejamento", chefiado por Bernardo no governo Lula, e que Gleisi era quem acompanhava as obras no Paraná.
Na semana passada, em depoimento ao Senado, ele voltou atrás e negou ter feito ameaças aos petistas.
A empresa de Teresinha é contratada desde 2008 pela Prefeitura de Maringá para "assessoramento na montagem e acompanhamento de processos para a captação de recursos".
Indagada pela Folha, a assessoria de imprensa da prefeitura admitiu que os serviços de Teresinha incluíam acompanhar a tramitação do projeto da obra viária do Dnit, além de "financiamentos" no BID [Banco Interamericano de Desenvolvimento] e na Caixa Econômica.
Teresinha tem uma antiga e estreita relação com o casal de ministros. Em outubro de 2009, postou em sua página no microblog Twitter que estava "na praia, tomando vinho" com Gleisi e Paulo Bernardo. Questionado sobre isso, Bernardo respondeu: "Isso não é da sua conta".
Em 2010, Teresinha organizou evento com 1.200 pessoas em Maringá, segundo texto da assessoria da campanha de Gleisi, na época, para lançá-la ao Senado.
A empreiteira responsável pelo Contorno Norte da cidade, a Sanches Tripoloni, doou R$ 510 mil para a campanha de Gleisi, que fez um ato de campanha no canteiro de obras da empreiteira.
A obra, de R$ 142 milhões, subiu para R$ 179 milhões com aditivos. O TCU vê sobrepreço de R$ 10,5 milhões.
Teresinha tem duas empresas de assessoria, a Proneje e a Anality Consultoria. Oficialmente, fazem "serviços de engenharia". Na prática, contudo, Teresinha faz lobby por recursos para prefeituras e governos.
O secretário de Relações Interinstitucionais da prefeitura, Luiz Sorvos, disse que "de uma maneira geral ela [Teresinha] acompanha todos os projetos, por exemplo, nos ministérios da Justiça, da Cultura, das Cidades".
Uma pessoa próxima da consultora disse que ela também atuou para liberar recursos do BID para um programa de mobilidade urbana de Maringá de US$ 13 milhões assinado em 2010 após autorização do Senado.
O financiamento foi acompanhado por Bernardo, na época no Planejamento.
"Tratei desse assunto com o prefeito de Maringá, Sílvio Barros, e com o então deputado Ricardo Barros", reconheceu o ministro. Ele ressaltou, no entanto, que o projeto seguiu os trâmites técnicos.
Ex-deputado pelo PP, irmão do prefeito, Ricardo disse que conhece Teresinha como "consultora", mas ela não é um nome do partido.
                                              Comentarios
    Paulo Bernardo foi acusado por Requião por querer superfaturar obra de estrada de ferro, Gleise usou o cargo de diretora de finanças de Itaipu para indenizar-se a si própria e agora quer devolver o dinheiro reconhecendo o Ilicito penal que cometeu, mas só tomou a atitude depois de ser denunciada, caiu a mascara do casal de Ministros da Base Aliada de Lula, que seguem muito bem o Mestre em Corrupção.